Oxóssi
O Deus dos caçadores seria irmão mais moço de Ogum e filho de Yemanjá.Sua origem lendária conta que durante os festejos da colheita de Inhame , no palácio real de Olofin, em Ifé, este havia esquecido das oferendas às feiticeiras (Yammis Oxorongá). Por vingança, elas mandaram ao palácio um imenso pássaro que planou sobre a multidão e pousou no telhado do palácio. Desesperado, Olofin convocou quatro Oxos(caçadores), mas só o último deles, Oxotakanxoxo("O atirador de uma única flecha") conseguiu matar o animal e passou a chamar-se Oxóssi, o caçador amado pelo povo.
Dia: Quinta - Feira
Numero: 6
Domínio: Matas e Campos de Agricultura
Comida: Milho Cozido Com Coco ( axóxó )
Cores: Azul Turqueza , Verde e Azul Com Dourado
Saudação: Ára Um Xê Kôkê Odé
Obaluiaê
O Grande Deus da Morte, que pode evitá-la quando bem entender, é chamado também de Xapanan ou Omulu Orogbô. Seus "pejis", locais consagrados a estes orixás ficam reunidos numa mesma cabana, separados dos outros deuses. Segundo a Lenda, Obaluayiê teria levado seus guerreiros aos quatro cantos do Mundo e as suas flechas tornavam as pessoas cegas, surdas ou mancas. Ao chegar ao Dahomé, um Babalawô teria revelado a forma de acalmar sua fúria, com oferendas de pipocas. Tranquilizado pelas atenções recebidas, o orixá mandou construir um palácio, onde passou a morar e a ser chamado de Sapakta, O Ajuberú(O Senhor Implacável)
Dia: Segunda-Feira
Cores: Branco e Preto
Número: 13
Comida: Pipocas estouradas no Dendê, entregues no mato às segundas-feiras
Saudação: Atotô, Ajuberu, Axê!
Domínio: ruínas, sarcófagos, estradas, cemitérios, caminhos e sol
Orixá da justiça, do fogo e do trovão, Xangô viveu em 1450 a.C. e foi o quarto Alafin(rei) de Oyó. Foi um grande conquistador, anexando vários territórios ao império yorubano. Era filho de Oranian e neto de Oduduwá e tinha um grande poder de magia através do atim(pó mágico) chamado Axurim. Algumas lendas falam que Xangô, cujo verdadeiro nome era Olufiran, teria se enforcado na coluna de Koso, em Oyó, depois de ter jogado um raio em seu próprio palácio, levando seu irmão Ajaká ao trono. Sua esposa e prima Oyá, ao saber de sua morte teria se suicidado transformando-se no rio Niger. No período seguinte, Xangô ressurge dos mortos como Xangô Ayrá, usando a cor branca.
Dia: Quarta-feira
Número: 08 - 12
Cores: Vermelho e Branco
Comida: Amalá ( carurú de quiabos )
Saudação: Obanixé Kaô Kabiecílê
Domínio: Pedreiras, meteoros, tempestades
Logum
Filho de Odé Inlé e Oxum Pondá é o grande príncipe de Ijexá . É o dono da fartura e caçador habilidoso. Orixá teogonicamente andrógino, Logun-Odé segundo a lenda, vive 6 meses em terra firme alimentando-se de caça e 6 meses submerso nas águas dos rios, alimentando-se de peixes. Seria desta forma 6 meses homem e 6 meses mulher, sendo considerado um orixá encantado porque nasceu dentro do Ronkó(camarinha), resultado de "casamento" entre Odé e Oxum. Esta divindade rejeita roupas vermelhas e marrons.
Dia: Quinta - Feira e Sábado
Numero: 5 e 6
Côres: Amarelo Ouro e Azul Turqueza
Saudação: Olorikim Logun! lôçi , lôçi ô akofá
Domínio: cachoeiras, matas, florestas, rios
Comida: Axoxó (milho de galinha cozido com coco), Lelê(mingau de fubá de milho amarelo cozido com azeite doce) e Ipeté(inhame cozido com azeite doce)
Ossãe
Ossãe ou Ossaiyn é originário da cidade de Offá. Conhecido também como Babá Ewê ou Obá-Offá, seu culto está praticamente extinto na áfrica, devido a escassez de florestas. Por ser o orixá das folhas e seus segredos medicinais, do ecossistema, da biodiversidade, da clorofila e do meio ambiente, adaptou-se totalmente ao Brasil, sendo absoluto dono da região amazônica. Ossayin está intimamente ligado a Iroko, divindade da hemoglobina, cuja árvore simbolo erradamente é identificado como Gameleira Branca(ficcus doliária) no Brasil, quando na verdade é representado pela Moreira(chlorophora excelsa ou régia).
Dia: Terça-feira
Número: 15
Cores: verde e vermelho, verde e branco
Comida: Aipim assado na brasa, Tiquira (aguardente de mandioca), fumo de rolo.
Saudação: Ewê Assá Belu Assá Kerê Kerê!
Domínio: florestas, selvas, folhas, árvores e raízes
Yêmanjá
Yemanjá é a filha de Olokum, Deusa dos Oceanos. Deusa da foz dos rios e quebra-mares é associada aos rios na África, assim como Oxum e Obá. ciumenta, poderosa e atrante e quando invocada por quem realmente a conhece, propicia favores e ajudas inestimáveis. Conta a lenda que sua mãe Olokum, deu a Yemanjá um misterioso preparado em uma garrafa para ser usado em caso de perigo. Casada com um poderoso homem em Ilé Ifé, Yemanjá foge para Abeokutá e seu marido lança seu exército para trazê-la de volta. Em perigo, Yemanjá quebra a garrafa que sua mãe lhe dera e o líquido forma um rio que a leva para o mar.
Dia: Sábado
Número: 04 - 09
Cores: prata - azul-claro, branco gêlo
Comida: manjar, pipoca de arroz com casca
Saudação: eruyia ! Odô-iá !
Domínio: Maternidade e Pesca
Oxum
Deusa dos rios , Oxum carrega consigo predicados de beleza, riquesa e a capacidade de projeção social. É uma ninfa da cultura yorubana, cidade Oshogbo, na Nigéria, está localizada às margens do rio Oxum. Ela é a dona do ovo, a maior célula viva. Na cultura Gêge-Vodú é conhecida como Aziri Tobossi. Conta-se que quando os orixás chegaram à Terra, costumavam se reunir sem a presença das mulheres. Aborrecida por não poder participar das deliberações, Oxum preparou sua vingança, trazendo a esterilidade às mulheres. Os orixás buscaram ajuda de Olodumaré, que explicou que sem a presença de Oxum nada poderia dar certo. Dengosa, ela demorou a aceitar o convite para que participasse das reuniões, mas finalmente concordou, e a fecundidade voltou.
Dia: Sábado
Número: 05 e 08
Cores: amarelo ouro
Comida: feijão fradinho com cebola e camarão (omolocum)
Saudação: Oraiêiêô fideriomã
Domínio: água doce, rios, cachoeiras
Yansã
Senhora da Tarde, dona dos espíritos. Senhora dos raios e das tempestades. Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas. Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo. Oyá é a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos)
Dia: Quarta-feira
Número: 09 - 11
Cores: Vermelho, Branco com rosa
Comida: acarajé, romã, acarajé feito com feijão branco(ecuru)
Saudação: Epa Rei, Oyá, Axé!
Domínio: Vento, ossários, cumes, jardins
Nanã
Divindade exclusiva da cultura Fanti-Ashanti, adotada posteriormente pela cultura yorubana. É a mais antiga Ayabá, originária da cidade de Late, em Gana. Nanã conserva consigo o segredo da criação do homem e da própria essência da vida, representando a memória transcedental do ser humano e seus antepassados. Sua origem lendária parece estar ligada aos povos que habitaram a África antes da chegada de Oduduwá. Por isso ela é a dona das águas paradas e dos pântanos, numa referencia às águas primordiais de onde Orunmilá criou a Terra. Nanan detêm o poder sobre os Eguns juntamente com Oyá e é a mãe de Xapanan.
Dia: Terça-feira e Sábado
Número: 13
Cores: violeta, azul e branco rajado
Comida: Feijão fradinho cozido com mel
Saudação: Saluba Nanã, Axé!
Domínio: Pântanos,, igapós, charcos, lama
Ibêjis
Conhecido na Umbanda como Cosme e Damião e, erradamente identificado nos Candomblés como Erês, Ibeji é na realidade a divindade gêmea da vida - uma dualidade de existência que proporciona aos seus filhos certas vantagens em relação aos demais orixás. Chamado de Ibeji na nação Ketú ou Yorubá e Tobossi no Gege Vodú, esse orixá-Vodun se identifica no aspecto masculino como Tossé e no feminino como Tossá. Geralmente proporcionam aos seus filhos, famílias extensas ou o aparecimento de filhos gêmeos. Na Nação Angola, Ibeji é conhecido como Vounge Mona Ame.
Dia: Segunda-Feira
Número: 02
Cores: Variadas
Comida: Caruru, frutas variadas ou mistura de 2 doces colocados em matos e jardins
Saudação: Bêji Eró
Domínio: Tudo que diz respeito às crianças
Ewá
Ewá é a única divindade do Panteon Afro-Brasileiro que só responde na Nação Gêge. Ela é a Senhora das Ilhas e Penínsulas, apresentando-se como uma guerreira e ao mesmo tempo como um Ninfa, ora segurando a serpente Encantada, ora empurrando a balança de sua justiça particular. Em quaisquer dos casos, ela carrega em si o mistério da Origem dos planetas água e Terra. Entre ela e Obá-Olokum(Olissassa), Senhor dos Oceanos, o equivalente a Netuno, existe o elo que liga a origem da vida à continuidade da mesma. Por esta razão, todas as pessoas que são filhos ou filhas de Ewá, tem uma missão espiritual ou social no contexto do país onde nasceu e a visão de tudo. Ewá é a rainha do céu estrelado e dona da Ilha de Santa Catarina.
Dia: Quarta-Feira
Número: 15
Cores: Branco, Marfim, Vermelho, Coral
Comida: Batata-da-Terra cozida com azeite doce
Saudação: Hi Ho Ewá!
Domínio: Ilhas, penínsulas
Obá
Foi a terceira mulher de Xangô e sua Lenda fala de uma terrível rivalidade entre ela e Oxum, sua segunda esposa. Sabendo do apetite de seu marido, procurava sempre surpreende-lo com pratos de que gostasse. Um dia, Oxum resolveu pregar uma peça em Obá e apareceu usando um lenço enrolado em volta da cabeça, escondendo as orelhas. Disse que havia preparado suas orelhas numa receita muito especial, e servido a Xangô. Querendo agradar seu esposo, Obá resolveu imitar a rival. Cortou uma de suas orelhas e preparou a receita para Xangô. Ele ficou furioso, e Obá, percebendo que havia sido enganada, entrou numa violenta luta corporal com Oxum . Mais irritado ainda, Xangô fez explodir todo o seu furor. As duas mulheres, apavoradas, fugiram e se transformaram nos rios que levam seus nomes. No ponto onde esses rios se encontram, existem corredeiras e as ondas se agitam, numa lembrança da antiga disputa entre elas.
Dia: Quarta-Feira
Número: 15
Cores: Rosa, coral, branco e marfim
Comida: Batata-da-Terra cozida em azeite doce e Amalá
Saudação: Obá Xiré Yá!
Domínio: Terra, ventos, redemoinhos
Oxaguiã
Uma das mutações de Oxalá, ele é o jovem regente do coração, pulmão, membros e da circulação sanguínea, tendo como características fundamentais o domínio, a austeridade e o zelo. É a mais importante conjuntura do jogo de búzios e vem associada ao número 8, chamado de Ejonilé. Isso indica caminhos sem meio-termos, na base do tudo ou nada. Significa infinito em todos os sentidos: saúde, pobreza, sorte ou azar. Em sua origem lendária, Oxanguian foi o Rei de Ejigbo e ganhou fama por sua valentia. Gostava exageradamente de comer inhame triturado no pilão, prato que em Yorubá se chama Yan, o que lhe valeu o apelido de "orixá do Yan". Um dos seus principais símbolos é o pilão. Nas cerimônias religiosas, quando os filhos deles dançam, brandem um pilão e um escudo numa das mãos, e uma espada na outra. Durante as festas em sua homenagem, distribui-se a comida de sua preferência.
Dia: Sexta-Feira
Número: 08
Cores: branco e azul
Comida: canjica branca cozida com mel, coberta com azeite doce
Saudação: Exeu Epa Babá, Axé!
Domínio: Minas de Prata, Rios Quentes, Campos
Oxalufã
O primeiro orixá a ser criado por Olodumaré, o Deus Supremo. Foi encarregado de criar o Mundo. No entanto, embriagou-se no caminho por culpa de Exú, que lhe ofereceu Uti Nibé (vinho de palmeira)e sua missão foi cumprida por Oduduwá, que liderando um exército de Imalês(guerreiros) comandados por Ogum, criou o Mundo, cumprindo assim a ordem de Olodumaré. Em suas diversas mutações temos na Nação Ketu: Oxanguian, Oxalufá, Obatalá e Oduduwá. Na Nação Angola: Lemba. Lembarangaga e Guaratinhanha. Em todas elas é o Senhor da VIDA, também chamado "senhor da boa argila", devido a uma antiga lenda na qual Oxalá usava este material para criar os seres humanos.
Dia: Sexta-feira e Domingo
Número: 10
Cores: Branco, Marfim, Pérola, Prata
Comida: Canjica branca cozida com mel e coberta com clara batida
Saudação: Exeu, Epá Babá, Axé!
Domínio: Oceanos, Rios, Céus, Montanhas